O ano de 2016 foi brutal para a economia nacional. Os índices de desemprego foram recordes e o país encerrou o ano com 3,2 milhões de desempregados a mais que 2015, segundo o IBGE.

O trabalho informal acabou sendo uma saída rápida para todos os afetados desta crise econômica pela qual o Brasil passa.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), a população brasileira conta com 10 milhões de trabalhadores informais (no início do ano de 2016 eram 9,7 milhões).

Estes números que por uma lado são alarmantes, mostram a dura realidade pela qual nossa população sofre, mas mostram também uma reação, mesmo que discreta e informal de buscar alternativas para superar a crise.

Ao analisarmos friamente a situação, podemos perceber que trabalhar na informalidade não é o melhor caminho.

Se você tem dúvidas a respeito continue lendo este artigo. Nele iremos lhe mostrar que regularizar o seu negócio é o melhor caminho!

Como conseguir crédito com uma profissão não regularizada

Para que você consiga crédito para sua empresa nos bancos, existe um setor exclusivo para Pessoa Jurídica.

Esse já é o primeiro problema que você irá encontrar na solicitação do crédito.

As linhas de crédito para empresas, costumam ser mais atrativas do que as oferecidas para as pessoas físicas.

Se sua empresa não existe formalmente, logo, não existe Pessoa Jurídica.

Outro grande problema é que você não conseguirá fazer este empréstimo para Pessoa Física sem comprovação de renda.

Por ser um trabalhador informal, não será possível comprovar que possui condições financeiras para quitar sua dívida.

Consequentemente, você não conseguirá adquirir o equipamento necessário para abrir seu negócio, comprar ou repor seu estoque de mercadorias, arcar com os custos fixos mensais que a falta de capital de giro irá gerar e, consequentemente, não conseguirá manter este negócio ativo.

Perceba que você acaba entrando em um ciclo, onde tudo é interligado de forma negativa, caso opte pela informalidade.

Empreendedor não legalizado, desvantagens para o cliente

Esse talvez seja um dos fatores de maior gravidade na informalidade.

Imagine você, como cliente, comprando um smartphone em uma loja. Antes da conclusão da compra, você espera que o aparelho lhe seja entregue com a nota fiscal da compra e o certificado de garantia.

Eis que você pega seu pacote somente com o smartphone.

Como você irá se sentir seguro com essa compra, se não tem nada que te garanta que não está comprando um produto falsificado, ou comprando um produto já danificado. Como poderá acionar a garantia do produto caso algo não esteja funcionando corretamente?

Percebeu o problema?

É assim que o consumidor, seja de produto ou serviço, irá se sentir ao realizar alguma transação com o seu negócio.

Qual garantia você poderá fornecer, se o mínimo para comprovar a compra ou a prestação do serviço é a Nota Fiscal?

Você pode estar se perguntando: Sou cabeleireira, manicure, cozinheira, pintor, jardineiro, mecânico e tantas outras profissões que talvez você ache que não há a necessidade da formalização. Mas neste caso, temos uma outra questão.

Você está desempenhando sua função e se acidenta de alguma forma ou engravida, caso seja mulher.. E agora, o que fazer?

Este é mais um momento em que ser informal, no seu caso, é uma grande desvantagem.

O MEI (Microempreendedor Individual) paga uma taxa mensal ao governo (saiba mais sobre este assunto no artigo Abrir uma empresa é um sonho possível e baixando o ebook que preparamos para você) e fica limitado ao faturamento anual de até R$60.000,00, mas tem os mesmos direitos que os funcionários de empresas legalizadas. Tem direito aos benefícios previdenciários (licença maternidade, auxílio doença ou auxílio por acidente de trabalho, seguro-desemprego, aposentadoria, entre outros).

Não registrar os colaboradores

Outro risco ao qual você é constantemente exposto é o de algum de seus colaboradores, ao ser dispensado ou ao se sentir injustiçado, saia de seu negócio e te denuncie ao Ministério do Trabalho.

Neste caso, você acabou de ser envolvido em mais um grande problema.

No Brasil, no ano de 2016, segundo o Tribunal Superior do Trabalho, as ações trabalhistas cresceram quase 13%, grande parte deste volume se dá devido a crise econômica pela qual o país está passando.

Os processos trabalhistas costumam ser demorados, você precisará arcar com os custos de um advogado para te defender e além de tudo isso, a grande maioria dos processos é causa ganha para quem está processando.

Se coloque como seu possível colaborador. Agiria de outra forma?

Não expandir o negócio

Os negócios informais, correm riscos de serem fiscalizados todo o tempo e com isso, as chances de que você perca seu investimento se torna muito alta.

Imagine que você venda produtos importados e passe por uma fiscalização. Seus produtos serão recolhidos e você não poderá continuar a crescer no seu mercado até se regularizar ou reinvestir dinheiro, mesmo correndo o risco de perder tudo novamente.

No caso de uma profissional de beleza, você pode ser convidada para fazer maquiagem, cabelos, unhas, massagens e tantos outros serviços em um desfile. Mas como cobrar por este serviço se você não emite Nota Fiscal?

Em eventos, é muito comum que os profissionais de beleza participem, sempre emitindo Nota Fiscal para receber por seu serviço.

Para participar de eventos, você precisa divulgar seu negócio. Mas como fazer isso se o seu negócio oficialmente não existe?

Não participar de processos de licitação

Os processos de licitação, são sempre burocráticos e concorridos, porém, pode ser a sua oportunidade de conseguir uma grande venda e melhorar dar uma alavancada no seu negócio que pode estar meio parado.

E aí, a oportunidade parece atraente?

Pois é… E é realmente atraente. Mas existe um detalhe que podem dificultar sua vida.

Você precisa ter uma empresa com CNPJ para concorrer a esta grande venda ou a oferecer seu serviço e ajudar sua empresa a crescer bastante.

Pois é, em alguns momentos, precisamos pensar um pouco mais antes de continuarmos com o próximo passo.

Existe uma luz no fim do túnel

Como nem tudo são pedras, existe uma saída simples que pode te ajudar em todo esse processo, sem te causar transtornos ou encarecer seu produto ou serviço.

Existe a opção de você se cadastrar como MEI (Microempreendedor Individual) e seguir de forma regular. Clique aqui e saiba mais como se formalizar e ter seu negócio reconhecido.

Além do MEI, existem outros tipos de empresas nas quais você pode se cadastrar.

É altamente recomendado que você procure sempre a ajuda de um contador. Estes profissionais são qualificados e podem te ajudar com orientações sobre este processo.

Fale com um de nossos consultores e se informe um pouco mais.

Te desejamos sucesso!